Leituras e releituras: correntes de teoria literária

Ao assistir um filme, folhear um gibi ou ler um romance você consegue emitir uma análise fundamentada sobre a obra? Ultrapassando os limites das meras opiniões de gosto, há várias maneiras de se entender a literatura.

Na crítica literária várias abordagens são empregadas para a compreensão de textos. Em um contínuo de amplitude, essas correntes constituem teorias de grande alcance, as “Grandes Narrativas” ou paradigmas, que orientam teorias emergentes de fenômenos ou de abstrações com bases empíricas. Embora referidas como escolas de teoria da literatura, não são necessariamente compostas por redes de pessoas próximas ou com os mesmos interesses, mas ainda assim são correntes com conceitos, métodos, enfoques, questões e perspectivas próprios.

Como os paradigmas sociais servem para orientar a visão do mundo das ciências sociais através da sociedade, as teorias literárias servem para orientar a visão do mundo das humanidades através das obras literárias. Frequentemente, essa distinção inexiste, pois há várias abordagens que servem tanto às ciências sociais e às humanidades.

Com ponto de partida em alguns livros introdutórios sobre teoria literária segue uma “cola” das principais abordagens.

correntes estudos literários

Crítica canônica: talvez uma das mais antigas maneiras de fazer a crítica de uma obra literária. Considera como um texto como um fato final e investiga suas interpretações possíveis dentro do universo da obra, a qual é lida em seu sentido mais literal (mas sem desconsiderar as figuras de linguagem) e mais próximo do senso comum. A diegese, esse universo criado pelo texto, passa a ser encarado como real. Por vezes tida como uma leitura ingênua pré-crítica, o exame canônico exibe uma sofisticação que foi defendida por Brevard Childs e em alguns escritos posteriores de Ricoeur. A discussão sobre quais obras deveriam ser incluídas no cânone é um problema inicial para essa crítica, contribuindo com ela autores como Mortimer Adler, Martin Seymour-Smith, Harold Bloom e Eric Donald Hirsch. Os problemas que guiam essa crítica são perguntas como “teria Capitu traído Bentinho?” ou “será o mordomo o assassino?”

Crítica moral ou tropológica: desenvolvida pelos filósofos gregos e latinos, busca desvendar a “moral da estória” de épicos, fábulas e peças teatrais. O exame de tropos — figuras de linguagem, motivos, temas e chavões — servia para ilustrar uma interpretação. Tipicamente, a questão empregada seria “O que se pode aprender da fábula da raposa e das uvas?”

Crítica alegórica: desenvolvida em Alexandria no período helenístico, pressupunha a existência de um significado profundo e oculto por trás do simples texto. Examina a personificação de um conceito, um mito etiológico, uma história sagrada, um sentido esotérico ou os significados de um símbolo. Popular na idade média, foi preterida pela filologia renascentista para ser retomado no século XX por críticos psicanalíticos, antropológicos, mitológicos e narrativos. Tipicamente, uma crítica alegórica seria guiada por perguntas como “o que Moby Dick representa?”

Crítica retórica: com foco no leitor, interessa pelos recursos empregados para influenciar o público para informá-lo, persuadi-lo ou emocioná-lo. Seu fundador foi Aristóteles e, depois de um hiato milenar, ressurgiu na análise de textos jurídicos, políticos e literários como a corrente neo-retórica. A investigação centra-se nas figuras de linguagem, de estilo e de pensamento bem como na forma de exposição. Um dos críticos recentes é o Kenneth Burke. Um exemplo de problema investigativo seria “o que faz a narrativa de A loteria de Shirley convencer um leitor de que se trata um evento verossímil?”

Crítica hermenêutica: inicialmente restrita a estudos bíblicos, desde Schleiermacher ganhou um status de método interpretativo. Inicialmente mais um método que propriamente uma abordagem de crítica literária, posteriormente, após o contato com a fenomenologia, autores como Gadamer, Geertz e Ricoeur ampliaram a capacidade de sua aplicação a uma gama de textos e se tornou em um verdadeiro paradigma, com sua ontologia, epistemologia e metodologia próprias. Com base no círculo hermenêutico, uma questão típica seria: “como os diferentes gêneros textuais de Ulysses e suas alusões à Odisseia produzem os sentidos na obra de Joyce?”

Filologia: investiga as variações e leituras permissíveis formadas durante a transmissão manuscrita (e atualmente oral, impressa ou digital) de um texto, buscando fixar sua forma canônica. Sua questão central é “qual é a leitura possível com base nessas fontes?”

Crítica textual: visa determinar as várias versões, camadas autorais e de transmissão de um texto. Emprega técnicas filológicas, gramaticais e linguísticas com análises internas e externas, bem como críticas documental e de redação, análises de texto e do discurso. Nos anos 1880 houve uma distinção entre Alta Crítica  — que lidava com autoria, fontes e redação — e a Baixa Crítica — a análise de transmissão — mas desde os 1930 tal distinção praticamente caiu em desuso. Surgida nos estudos bíblicos e clássicos, move-se por perguntas como “como foi composto este texto?” ou “quais atividades editoriais ocorreram em sua transmissão?”

Crítica autoral: visa determinar a autoria de textos, bem como seu processo poético e criativo. Desenvolvida por estudiosos bíblicos e classistas, emprega recursos da filologia. Suas questões centrais são “por quem, quando e como foi escrito esta obra?”

Crítica biográfica: tendo em vista que textos (normalmente) são produzidos por gente, esta abordagem utiliza informações sobre a vida do autor para elucidar sua obra. Os estudos de José Van Den Besselaar sobre os eventos da vida do Pe. Vieira explicam muito seus textos sob a luz das circunstâncias de composição, a audiência intencionada e o impacto de cada momento de seus sermões. É dirigida por questões como “quais foram as influências estilísticas na vida do autor?”, “quais experiências pessoais estão refletidas na obra?”

Crítica formalista: procura compreender a literatura em seus próprios termos. Partindo da premissa da “arte pela arte” pressupõe que dentro do texto posto estão contidos todos os elementos para sua compreensão. Pela iteração de elementos da forma, — estilo, estrutura, tonalidade, imagem, personagem, enredo, gênero e tipo — de um texto emerge algo distintivamente “literário”. Assim, questões sobre o autor, leitor ou o contexto sociocultural da produção do texto não são consideradas relevantes.

Essa abordagem tem raízes no formalismo russo de Roman Jakobson, Boris Eichenbaum e Victor Shklovsky, cujo auge se deu entre 1914 e 1930 e depois influenciou críticas sociológicas ou estruturalistas de Bakhtin e Tzvetan Todorov. É orientada por questões como “o que faz Os Lusíadas ter o mérito de ser chamado literatura?” ao invés de “o que Camões intencionava dizer?”

Crítica histórica: similarmente à crítica sociológica, investiga como os contextos histórico, social e cultural produzem uma matriz interpretativa. Considera temas, ideias e teorias subjacentes em um texto, pressupondo devam ser vistas dentro de seu contexto histórico, como parte de um sistema maior ao qual se insere. Esse pressuposto, o historicismo, é sempre presente na crítica histórica, porém não é exclusivo a ela.  Leo Spitzer e Erich Auerbach e seus estudos sobre estilo e representação foram emoldurados por um historicismo com interface com outras críticas. Pode ser movida por questões como “quais fatores propiciaram a formação de uma literatura genuinamente brasileira?” (dica, leia Antonio Candido).

Crítica psicológica: o uso de técnicas descritivas e até mesmo terapêuticas da psicologia para compreender o processo autoral bem como as motivações emocionais e comportamentais de autores e personagens. Surgida do erudito bíblico Franz Delitzsch nos meados do século XIX, foi uma das primeiras abordagens com foco no leitor. É constante o intercâmbio da literatura com a psicanálise, embora haja outras abordagens, desde a psicologia behaviorista até a existencial. Freud, Jung e Lacan empregaram a literatura intensamente para ilustrar seus argumentos. São típicas as questões de pesquisa como “quais eram os conflitos psíquicos de Raskolnikov” e “como era os perfis psicológicos dos irmãos Karamazov?”

Crítica sociológica: leva em conta fatores de economia, de cultura, de política, de conflitos de classe e de relações de poder tanto do autor, do conteúdo do texto, da publicação e recepção de uma obra. É informada principalmente por teorias marxistas, escolha racional, interacionismo simbólico e funcionalismo. Abordagens recentes também extraem influências da teoria dos sistemas e da complexidade, bem como da teoria do imaginário e das representações, que na escola de Grenoble combina críticas mitológicas e psicanalíticas, na esteira de Gilbert Durand. Perguntas como “quais leituras de A Revolução dos Bichos foram disseminadas como propaganda durante a Guerra Fria?” ou “como os interesses individuais dos personagens de O cortiço cria coesão e conflito na comunidade formada na narrativa?”

Crítica mitológica: inspirada nos estudos clássicos, na psicologia (principalmente de Jung) e nas ciências da religião, busca delinear os parâmetros narrativos das obras literárias. Um dos expoentes foi Joseph Campbell. Na investigação emprega-se arquétipos, símbolos, ciclos e estruturas narrativas. Move-se por perguntas como “quais parâmetros universais são possíveis de se reconhecer entre O morro dos ventos uivantes e Capitães de Areia?” ou “quais elementos do ciclo do herói estão presentes na série Os vingadores?”

Neocrítica, nova crítica ou New Criticism: foi uma tentativa americana nos anos 1930 de produzir uma análise literária objetiva, mas distante do historicismo dos filólogos ou das interpretações focadas no autor, no contexto ou no leitor. Seus expoentes foram William Empson, T. S. Eliot, W. K. Wimsatt e Monroe C. Beardsley, proponentes do close reading — a leitura desapressada, ora focando em uma só palavra, ora focando em enunciados. Nessa leitura formal, as partes de um texto são analisadas para explicar algum tema que seja possível discernir na obra. O foco concentra-se nas tensões, paradoxos, dificuldades, ambiguidades e ironias. Sem o foco na metáfora e metonímia, seria uma abordagem “científica” que rejeitava as falácias afetiva e intencional. Nos anos 1960 essa abordagem se tornou amplamente aceita e é ainda o padrão de ensino de crítica literária no ensino fundamental em muitos países. A neocrítica proporciona métodos pedagógicos que substituem as questões “o que o autor quis dizer? E o que entendi? O que se infere do texto” por “o que o texto expressa?”

Crítica estruturalista: oriunda da antropologia de Lévi-Strauss (e remotamente de Saussure e Jakobson), como abordagem de crítica da literatura busca identificar parâmetros, temas, mecanismos, motivos comuns e universais em obras literárias e textos populares. Um dos notáveis críticos dessa abordagem, Jean-Pierre Vernant, a combinava com a crítica mitológica. Parte do pressuposto que há traços cognitivos universalmente distribuídos entre os povos que visam explicar ou vivenciar questões existenciais, culturais ou de sobrevivência comum a toda humanidade. Enfoca nas relações diáticas e de oposição, gerando um concatenamento de ações, traços, símbolos, tensões, dentre outros. Para ilustrar, “quais temas estão associados aos personagens do mito de Édipo através das gerações apresentadas nessa narrativa?”

Críticas pós-estruturalistas (e por vezes, pós-modernistas): a quebra de confiança na neutralidade dos paradigmas a partir dos anos 1970 levantou dúvidas a respeito do método estruturalista. Incluem-se nessas críticas a deconstrução, teoria da diferença, as provocações de J. F. Lyotard e Baudrillard. Exceto pelo caráter desafiador, não há um conjunto essencial que define essas correntes. Um expoente, Michel Foucault, contestou o pressuposto de que qualquer discurso seria objetivo, neutro, pois o discurso está sempre envolvido em ideologia e poder. Clifford, Fisher e Marcus desafiaram a autoridade de textos não ficção da etnografia. Uma questão típica seria “quais os vieses implícitos em uma obra como Coração das Trevas?”

Crítica semiótica ou semiológica: ganhou força a partir dos anos 1960 com Umberto Eco, Julia Kristeva e Barthes. Investiga a relação entre signos dispostos em um texto literário. Um exemplo, “a quê alude e qual o efeito literário da frase ‘O diabo na rua, no meio do redemoinho’ em O grande Sertão Veredas?”

Críticas marxistas: com base no pensamento de Marx e Engels, na antiga União Soviética houve o realismo socialista de Zhdanov e crítica da ideologia por Plekhanov, mas hoje são abordagens virtualmente em desuso. Atualmente há uma pletora de análises — designadas simplesmente como teoria crítica — influenciadas por autores como Lukács, Gramsci, Benjamin, a Escola de Frankfurt, o marxismo estrutural de Althusser, Deleuze, Guattari, bem como as críticas pós-marxistas de Habermas, Frederic Jameson e Žižek, Esse conjunto de abordagens enfrenta temas como as relações de classe, a hegemonia, a cultura de massa, a alienação e o indivíduo se entrelaçam nas representações literárias. Um tanto eclética, ora interagem com outras abordagens, ora tentam contestá-las, essas críticas sincretizam as análises marxistas com o pensamento de Lacan, esquizoanálise, teorias de gênero, discursos minoritários, estudos subalternos ou nos estudos culturais. Um questionamento seria “Como os desenhos animados da Disney servem para vender ideais do capitalismo?”

Críticas informadas por teorias de gênero: toma em consideração os papéis e pontos de vista influenciados por identidade de gênero e sexo tanto dos autores, personagens, quanto do público receptor. Nesse conjunto estão as teorias feministas, a teoria queer e mesmo teorias “masculinistas” como a de Robert Bly ou pós-feministas, como de Rosalind Coward, bem como a teoria da diferença. Em estudos jurídicos a Teoria Crítica da Raça ou em campos interdisciplinares como Crip Theory levam em conta a interseccionalidade. Inova em observar aspectos tipicamente negligenciados, como a performance, interseccionalidade ou o ponto de vista (standpoint, frequentemente traduzido como lugar de fala). Interagem frequentemente com outras teorias identitárias, como o feminismo negro ou a crítica pós-colonial. São influenciadas por Angela Davis, Julia Kristeva, Judith Butler e bell hooks. Questiona temas como “com quais pressupostos esta obra trata as mulheres?” ou “quais as influências da heteronormatividade masculina ocidental na elaboração do cânon dos clássicos da literatura?”

Estética da recepção ou reader-response criticism: considerando que uma vez produzido, o autor não tem mais controle sobre as interpretações de um texto, investiga o processo de leitura. A leitura em si é um processo criativo, distinguindo seus resultados entre dois leitores diferentes ou o mesmo leitor em momentos distintos. A hipertextualidade, as alusões e intertextualidade ganham destaques nessa análise. É um movimento pós-estruturalista surgido a partir de 1960, por vezes chamado de Escola de Constança. Não há um grupo coeso de teóricos, mas entre seus expoentes estão Stanley Fish, Norman Holland, Wolfgang Iser, Hans-Robert Jauss, Roland Barthes e Jonathan Culler. Indagações centrais são do tipo “Lendo Lolita em Teerã faz alusão a quais obras e como elas foram recepcionadas no contexto apresentado na narrativa do livro?”

Crítica narrativa ou narratologia: combina a investigação acerca do conteúdo presente no enredo e do modo (forma, retórica e estrutura) em uma perspectiva macro. Embora a análise de narrativas seja antiga (vide A poética de Aristóteles), nos anos 1980 ganhou força com críticos como Seymour Chatman em reação ao formalismo, neocrítica e do estruturalismo. Contudo, não há de se negar as influências dessas mesmas correntes. Um aporte foi o trabalho de William Labov sobre narração oral com base em fontes empíricas. Providencia ferramentas aplicadas em fórmulas de escrita criativa para roteiros de filmes ou redação de livros de massa — o chamado storytelling. Seria um exemplo a questão investigativa, “como estão estruturados em sub-enredos um episódio típico de Os Simpsons?”

Crítica pós-colonial: surgida no final dos anos 1960 desafia os pressupostos de um mundo ocidental, masculino, branco, afluente, elitizado e europeu presentes na literatura tenha de ser normativo. Reúne questionamentos levantados pela crítica marxista, pela análise de discurso e poder de Foucault, pela inserção de vozes marginais, pela crítica feminista, pelos estudos culturais britânico, pelos estudos subalternos de Spivak, por teólogos da libertação, por membros de minorias. Outros teóricos relacionados incluem Bhabha, Said, Boaventura Santos, Aníbal Quijano e Fanon. Com essas intersecções em um contexto recente, tornou-se apropriado falar de crítica minoritária e crítica decolonial. Tipicamente aborda questões como “De que modo Quarto de despejo e Vida e morte severina são vozes dos oprimidos ou meras criações estéticas?” ou “como as representações idealizadas de um Oriente junta povos não europeus em um só grupo de pessoas estereotipadas?”

Crítica deconstrucionista: o pós-estruturalista Derrida apontou que mesmo arcabouços referenciais precisam ser eles próprios compreendidos por outras referências. Assim, desafiou a confiança em métodos, epistemologias e contextos, buscando utilizar uma análise de deconstrução, ou seja, remover os pressupostos que dão confiança interpretativa a um texto ou ao valor literário de um autor. Um exemplo seria, “por que há as dicotomias literário/não literário, autor/obra, forma/conteúdo, terminado/incompleto na avaliação de um texto inédito de Pessoa? Mereceria um bilhete de compras de Fernando Pessoa ser integrado a uma antologia enquanto uma lista de rimas dele ser deixada fora?”

Novo historicismo (New Historicism) e o materialismo cultural (estudos culturais): nos anos 1980 nos países de língua inglesa surgiu o interesse de todas as expressões, sem distinção entre alta cultura e cultura popular, analisando o papel da literatura na sociedade e na formação do sujeito. Raymond Williams, Stephen Greenblatt e Louis Montrose combinam a análise literária com a investigação histórica, mas com uma historiografia crítica, informada pelos movimentos decorrentes e posteriores à Escola dos Anais, o pós-colonialismo, as teorias de gênero e as teorias da comunicação, especialmente a Escola de Toronto (de Marshall McLuhan) e a Escola de Palo Alto. Em comum, essas abordagens prestam atenção a fatores históricos, ideológicos e viéses inevitáveis no texto. O foco está em questão do tipo “como a novela pícara satirizava a sociedade e fornecia tanto uma crítica social quanto um script de comportamento (e sobrevivência) das classes pobres durante o Século de Ouro espanhol?”

Nova Filologia (New Philology): um reiterado interesse na obra literária em sua totalidade: o texto, a materialidade (suporte físico, diagramação, marginálias, ilustrações, elementos paratextuais) e a história da recepção (transmissão, oralidade, adaptações, reinterpretações). O foco seria em perguntas como “de que modo os romances de cavalaria foram transmitidos e adaptados desde a França medieval até o Nordeste brasileiros?”

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Com esse panorama, não exaustivo e um tanto superficial, é possível navegar as diferentes abordagens de se analisar uma obra literária, quer um poema, um romance, um filme ou outro artefato. Busca-se fugir de uma análise impressionista e maniqueísta do tipo “não gostei dessa obra”, “é um autor ruim”, ou do superlativo “é um novo clássico”. Não são abordagens mutuamente exclusivas, pois no exercício da crítica literária é comum combinar diferentes ferramentas oriundas de perspectivas diversas.

SAIBA MAIS

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Como citar esse texto no formato ABNT:

Citação com autor incluído no texto: Alves (2019)

Citação com autor não incluído no texto: (ALVES, 2019)

Referência:

ALVES, Leonardo Marcondes. Leituras e releituras: correntes de teoria literária. Ensaios e Notas, 2019. Disponível em: https://wp.me/pHDzN-4ZT . Acesso em: 20 jul. 2020.

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