Não tão rara quanto o peru nem tão frugal quanto o ovo, a galinha, comida de domingo, era naquela época o símbolo da fome nacional. Já muito antes de nós, o Barão de Itararé diagnosticara: "quando pobre come frango, um dos dois está doente". Tenho proposto com certa insistência que alguém escreva, no Brasil, a... Continuar Lendo →
Dias de cão, tempos de pepino
Quando a paradeira chega.
Se tempo fosse dinheiro
Um algoritmo calcula a data de morte das pessoas, impactando a sociedade de várias maneiras. As seguradoras inicialmente se beneficiam, mas a procura por seguros diminui. Relações pessoais se deterioram e o estresse aumenta, enquanto o tempo de vida se torna uma moeda. Essa transformação gera desigualdade e angústia existencial.
Marginália
Crônica de como um dia de preguiça pode entrar para a história.
Democracia e participação no Brasil
O povo assistiu àquilo bestializado, atônito, surpreso, sem conhecer o que significava. Muitos acreditaram seriamente estar vendo uma parada. Era um fenômeno digno de ver-se. O entusiasmo veio depois, veio mesmo lentamente, quebrando o enleio dos espíritos. Aristides Lobo. Diário Popular. Rio, 15/11/1889. Como disse, Lima Barreto "o Brasil não tem povo, tem público". Uma... Continuar Lendo →
Fim do mundo do fim
A enchente dos livros.
Viagens, por amor
Quem viaja por amor não acha que mil passos sejam mais longos que um só. Provérbio japonês. Não importa se ir até a vendinha da esquina comprar balas à pessoa amada ou dez tempestuosos anos no mar na volta para o lar, mover-se por um sentimento maior vale o percalço. Uma vez na vida resolvi... Continuar Lendo →
Poker e Truco: uma mesa, um baralho, dois mundos
Entre as sombras elegantes dos cassinos de Las Vegas e as mesas improvisadas de churrascos no interior de Minas, duas forças aparentemente incompatíveis se enfrentam: o Poker e o Truco. Como dois primos distantes que só se veem em casamentos e enterros, esses jogos de cartas compartilham o mesmo DNA – blefe, cartas, e uma... Continuar Lendo →
O dilúvio brasileiro
Há anos, o velho Noé dedicava-se incansavelmente a duas atividades: construir sua arca, que garantiria o escape do dilúvio, e pregar, anunciando a vinda das águas colossais sobre a grande cidade. A arca era simples, feita com restos de caixas de frutas, madeiras de construção, tudo reciclado. Os pares selecionados por Noé pertenciam à fauna... Continuar Lendo →
