Carla Borges Almeida
A meu ver, votar nulo não é forma de protesto nem de mostrar insatisfação com o governo. É uma maneira de a pessoa retirar sua responsabilidade. Aliás, negligência ou omissão também implicam em culpa.
Vejamos da seguinte forma: Se voto nulo e o candidato A ou B ganhar, posso dizer que: “Votei nulo, então a culpa não é minha!” Ou o mais correto seria: “Votei nulo. Poderia ter impedido que o candidato A ou B tivesse ganhado e feito um governo péssimo, mas não quis. Logo, a culpa também é minha!”? Independente do que você apoia, defenda com convicção seu candidato. Se não gostar de nenhum, vote no que menos lhe desagrada porque inevitavelmente um dos candidatos será eleito. Se toda a população brasileira anular o voto e apenas os candidatos votarem cada um em si, teremos um empate. E o candidato com mais idade assumirá a presidência.
O VOTO DE MINERVA: VOTANDO COM SABEDORIA
- Nunca revele seu voto, tenha uma posição política, mas o voto aberto vale menos: quem o recebeu não precisa de se esforçar em te conquistar, quem não o recebeu te verá como inimigo. É o velho dilema do prisioneiro.
- Vote em quem compartilhe seus interesses e ideais, mesmo que não seja um candidato favorito. O voto não é depositar a fé um totem que incorpore suas vontades, não é torcer como se fosse para uma final de um campeonato de futebol. Votar é manifestar quais são suas posições e apresentar de forma agregada e público quais políticas devam ser priorizadas.