Em seu ato constitutivo a Sociedade de Linguística de Paris baniu em 1866 qualquer nova submissão com teorias sobre a origem da linguagem. Amadores do mundo inteiro inundavam as sociedades e periódicos científicos com especulações mirabolantes de como começamos a falar. O tema só voltaria a ser discutido a partir dos 1960 quando novos métodos da antropologia, da psicologia e da linguística se tornaram disponíveis. As teorias históricas da origem da linguagem simbólica oral são as seguintes:
1. TEORIA BOW-WOW OU CUCKOO
A linguagem teria surgida com onomatopeias, imitando animais e, por metonímia, associando-os com seus substantivos. Mu-mu para vacas, piu-piu para o pássaro. Uma teoria fofa.
2. TEORIA POOH-POOH
Também onomatopeica, porém interna ao corpo. A língua surgiria a partir das emoções: gritos de dor, espanto, surpresa, felicidade, humor, pigarro. O grito primordial do homem na cabala ou na obra de Giambattista Vico sustenta-se nessa teoria.
3. TEORIA DING-DONG
Fundamentada nas especulações de Platão e Pitágoras. A linguagem apareceu pela tentativa de harmonizar com o universo ao redor. Os seres humanos tentaram imitar os objetos e seus sons.
4. TEORIA YO-HE-HO
Grunhidos emitidos durante trabalho pesado e durante as chamadas de caça sincronizadas evoluíram para a linguagem complexa.
5. TEORIA TA-TA
Tentativa de reproduzir com a língua a mímica gestual. Ainda tem gente que aponta a língua para comunicar algo, vide os beijos e seu uso no haka dos maori.
6. TEORIA LA-LA
Otto Jespersen elaborou essa outra teoria (fofa, também). A linguagem nasceu em resposta às emoções traduzidas em canto. Sabe quando você está contente ou triste e cantarola ou lamenta com uma vocalize? Para expressar essas emoções nasceram vários cantos que representavam ideias abstratas.