Francis, sentado em um banco, conta a um idoso suas provações. Elas começaram quando o misterioso médico Caligari vem com um parque de diversões itinerante para a pequena cidade de Holstenwall.
Em uma arca em seu alojamento, o médico mostra o sonâmbulo Cesare. No entanto, Caligari hipnotiza Cesare para cometer assassinato na aldeia. Nessa trama, Francis enfrenta o risco de perder sua amada, Jane.
Francis e os médicos chamam a polícia e encontram o cadáver de Cesare. Caligari então ataca um dos funcionários. Ele é controlado e contido em uma camisa de força. Anteriormente, era um médico de um hospício e, ensandecido pelo poder, tinha se inspirado em um hipnotista para ordenar os assassinatos.
O flashback conclui e Francis na realidade é um paciente do hospício, bem como Jane e Cesare. A moça acredita ser uma rainha. O homem que Francis se refere como “Dr. Caligari” é o diretor do hospício.
Esta joia do cinema expressionista alemão contém um visual sombrio e retorcido. É um cenário surreal com formas pontiagudas, linhas oblíquas e curvas, estruturas e paisagens que se inclinam e torcem em ângulos estranhos projetam sombras e luz.
O filme mudo dirigido por Robert Wiene e escrito pelo tcheco Hans Janowitz e pelo austríaco Carl Mayer, é uma parábola contra o poder irrestrito e a desumanidade, senão profético, do que viria depois da República de Weimar. Seria também o primeiro filme propriamente de terror. O enorme sucesso valeu-lhe exibições diárias em Paris no mesmo teatro de 1920 a 1927.

Das Cabinet des Dr. Caligari. Alemanha, 1920.
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