Brasiliana: 100 livros essenciais sobre o Brasil

Qualquer tentativa de listar as obras que retratam, provocam a reflexão e criticam o Brasil e os brasileiros encontra vários desafios. Um, com a usual apologia, é de excluir títulos que possuem indiscutíveis méritos. Outro desafio é achar um balanço de perspectivas: obras clássicas e aquelas com questões contemporâneas; brasilianistas e brasileiros; visões “de cima” e pontos de vista subalternos; livros “sérios” de não ficção e sátiras; história e economia; geografia e antropologia; best-sellers e relevantes obras desconhecidas. Com essas dificuldades em mente, selecionei os 100 livros para se ter um conhecimento amplo e aprofundado da realidade brasileira.

  1. Agostini, Angelo. [Charges e ilustrações]. O pioneiro da arte sequencial e da sátira política criou personagens como Nhô-Quim, Zé Caipora, criticou a monarquia e fez campanha pelo abolicionismo. Recentemente, vários trabalhos acadêmicos republicaram algumas de suas mais de 3000 ilustrações.
  2. Al-Baghdádi, Abdurrahman, Paulo Daniel Elias Farah. Deleite do prodigioso em tudo o que é maravilhoso: estudo de um relato de viagem bagdali. São Paulo: Cálamo, 2005. Farah torna disponível um raro relato de viajante ao Brasil, mas de um ponto de vista incomum para a época, um erudito muçulmano.
  3. Almeida, Manuel Antônio de. Memórias de Um Sargento de Milícias. 1854. Malandro, miliciano e vida na corte, algumas tropes perenes da história nacional.
  4. Andrade, Mario de.  Macunaíma: Herói Sem Nenhum Caráter. 1928. Uma rapsódia desvairada por todo o espaço e tempo brasileiro.
  5. Andrade, Oswald de. Manifesto Antropófago. 1928. No ano 374 da deglutição do Bispo Sardinha, as artes e literatura (e por que não? O país) ganha uma diretriz para se inserir como uma nação moderna em um universo cosmopolita.
  6. Antonil, André João. Cultura e Opulência do Brasil Por Suas Drogas e Minas. 1711. Faz bem para a autoestima e um alerta sobre os problemas estruturais do país.
  7. Arns, Paulo Evaristo. Brasil, Nunca Mais. Vozes, 1985. Relatório de uma investigação inter-religiosa dos porões da ditadura e suas violações dos direitos humanos.
  8. Azevedo, Fernando de. A Cultura Brasileira: Introdução ao estudo da cultura no Brasil. 1943, ed. rev. 1958. Ambiciosa síntese do Brasil.
  9. Baquaqua, Mahommah Gardo. Biografia e narrativa do ex-escravo Mahommah Gardo Baquaqua. 1854. Uma das raras autobiografias de escravizados no Brasil.
  10. Barbosa, Ruy. Contra o Militarismo: Campanha Eleitoral de 1909 a 1910. 1910. Distinguindo articuladamente entre o bom exercício institucional das Forças Armadas e a danosa participação de militares na política, Ruy Barbosa já alertava que “os triunfos do militarismo desnaturam as leis, corrompem as ideias, transpõem a lógica e invertem o nome às coisas, preparando o naufrágio dos direitos populares, em cujo nome se anunciam as suas conquistas”.
  11. Bastide, Roger. As Religiões Africanas No Brasil: Contribuição a Uma Sociologia Das Interpenetrações de Civilizações. Livraria Pioneira. 1989. Panorama de diversas religiões africanas, dos cultos afro-brasileiros até os protestantismos negros.
  12. Biehl, João. Vita: Life in a Zone of Social Abandonment. University of California Press, 2013. Um retrato da exclusão de populações com diversas formas de disabilidades. Urgente que seja traduzida e publicada no Brasil.
  13. Bomfim, Manoel.  A América Latina: Males de Origem. 1905. O conservantismo parasita aliado a um imperialismo externo como fatores de atraso regional.
  14. Brandão, Ambrósio Fernandes. Diálogos das grandezas do Brasil. 1618. Obra anônima e censurada por mais de três séculos, revela os potenciais naturais e aspectos humanos do país.
  15. Brandão, Carlos R.  Os deuses do povo: um estudo sobre a religião popular. Brasiliense. 1980. A religiosidade cotidiana vivida em uma pequena cidade interiorana.
  16. Bresser Pereira, Luiz Carlos. Reforma do Estado e Administração Pública Gerencial. 1998. Convocação para uma reforma de Estado que profissionalize (e despersonalize) os serviços públicos.
  17. Caldeira, Teresa Pires do Rio. Cidade de Muros: Crime, Segregação e Cidadania em São Paulo. São Paulo: Editora 34/EdUSP, 2000. A segregação social nas vidas dos condomínios.
  18. Câmara Cascudo, Luis da. Dicionário do Folclore Brasileiro. Melhoramentos. 1979. Referência sempre atual de várias facetas da cultura brasileira.
  19. Caminha, Pero Vaz de. 1500. “Carta a El-Rei D. Manuel.” Uma das três “atas” do achamento português do Brasil.
  20. Candido, Antonio. Formação Da Literatura Brasileira. São Paulo: Martins, 1964. Os fatores socioculturais para a emergência de uma literatura distintivamente nacional.
  21. Capistrano de Abreu, João. Capítulos de História Colonial; e Os Caminhos Antigos e o Povoamento Do Brasil. Brasília: Editora Universidade de Brasília. 1982. A interiorização do Brasil e sua construção.
  22. Cardim, Fernão. Tratados da terra e gente do Brasil. 1601. Resumo de um Brasil colonial.
  23. Castro, Josué de. Geografia da Fome – o Dilema Brasileiro: Pão ou Aço. Brasiliense. 1965 [1947]. Exposição dos problemas estruturais de desigualdades e sua resultante miséria. Conceituou tanto a fome como fenômeno social e quanto o país em cinco regiões. Argumentou que a produção agrícola em pequenas propriedades seria a saída para a segurança alimentar e erradicação da pobreza.
  24. Correia, Jader de Figueiredo. “Relatório Figueiredo.” Brasília: Ministério Público Federal. 1967. Milhares de páginas relatando o genocídio indígena. Muito de seu conteúdo – escondido por várias décadas – ainda não foi digerido pelo público.
  25. Couto e Silva, Golbery do. Geopolítica do Brasil. José Olympio. 1967. Bases ideológicas para a doutrina nefasta de segurança nacional.
  26. Cunha, Euclides da. Os Sertões: Campanha de Canudos.  1902. Violência, religiosidade marginal e dos dois brasis.
  27. DaMatta, Roberto. Carnavais, Malandros e Heróis: para uma sociologia do dilema brasileiro. Rocco. 1997. Uma das análises dos paradoxos que faz do brasil, Brasil.
  28. Debret, Jean Baptiste; Milliet, Sérgio. Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil. Biblioteca Histórica Brasileira. Livraria Martins. 1940. Pinturas e crônicas de viagem de um dos retratistas do início do século XIX.
  29. Dias Gomes, Alfredo de Freitas. O Bem-Amado. Grandes Novelas. Globo. 2008. As artes performáticas fazem parte do Brasil e essa telenovela é representativa tanto do país quanto dessa arte.
  30. Faoro, Raymundo. Os Donos Do Poder: Formação Do Patronato Político Brasileiro. Globo. 1958. O patrimonialismo nas relações públicas as quais são tratadas como se fossem privadas.
  31. Fernandes, Florestan. A Integração Do Negro Na Sociedade de Classes. Ática, 1978. Contundente crítica da suposta igualdade etnorracial.
  32. Fradique Mendes [José Madeira de Freitas]. História do Brasil pelo método confuso. 1919. Sátira da história e sociedade brasileiras.
  33. Freyre, Gilberto.  Casa-Grande & Senzala. 1933. Raízes agrárias e inter-étnicas da perpetuação das diferenças entre a sociedade de Estado e as unidades locais de latifúndios.
  34. Furtado, Celso. Formação Econômica Do Brasil.  1964. Análise do desenvolvimento (dependente) brasileiro.
  35. Gama, Luis; Ferreira, L. Com a Palavra, Luiz Gama: Poemas, Artigos, Cartas, Máximas. Imprensa Oficial. 2011. Compilado dos escritos do ativista pró-abolição e defesa jurídica dos vulneráveis.
  36. Gonzaga, Tomás Antônio. Cartas Chilenas.Companhia das Letras. 2006 [c.1789]. Os problemas eternos da política brasileira.
  37. Gonzalez, Lélia; Hasenbalg, Carlos. A. Lugar de Negro. Rio de Janeiro: Marco Zero, 1982. O movimento anti-racista estabelece sua própria agenda.
  38. Goulart, João. “Discurso Da Central Do Brasil.” 1964. Reformas vitais atrasadas até hoje pelo golpe.
  39. Hallewell, Laurence. O Livro No Brasil: Sua História. Editora da Universidade de São Paulo. 2005. Conhecendo o Brasil por meio de sua produção editorial de livros.
  40. Holanda, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. 1936. Visão culturalista do homem cordial brasileiro.
  41. Houaiss, Antonio; Coutto, Pedro do. Brasil o Fracasso do Conservadorismo. São Paulo: Ática, 1989. Este curto balanço pós-ditadura serve como uma lista de verificação depois do levante neo-populismo.
  42. Ianni, Octavio. Origens Agrárias Do Estado Brasileiro. Brasiliense. 1984. Um contraponto sulamericano à tese de Turner do fator da fronteira agrícola na formação da democracia norteamericana. No caso brasileiro, a abundância de terra apropriável gerou um país de latifúndios e autoritarismos.
  43. Jecupé, Kaká Werá. A Terra Dos Mil Povos: História indígena do Brasil contada por um índio. São Paulo: Peirópolis, 1988. Uma compreensão nacional a partir de um ponto de vista indígena.
  44. Jesus, Carolina Maria de. Quarto de Despejo: Diário de Uma Favelada. Francisco Alves, 1983. Relato em primeira pessoa de viver em miséria e racismo.
  45. Kidder, Daniel Parish; Fletcher, James Cooley. O Brasil e Os Brasileiros: Esboço Histórico e Descritivo. Brasiliana. 1941. [1845]. Uma das obras mais populares em inglês no século XIX. Impactou a visão de brasilianistas e de formuladores de políticas externas em relação ao país.
  46. Leal, Victor Nunes. Coronelismo, Enxada e Voto: O Município e o Regime Representativo No Brasil. 1949. Lúcida análise do mandonismo local que se articula em rede para controle nacional, rompe com várias formas de determinismo correntes nas análises sociais e interpretações do Brasil até a primeira metade do século XX.
  47. Leite, Serafim. História Da Companhia de Jesus No Brasil. 1938. Síntese da atuação dos jesuítas, contém alusões valiosas a vários documentos geralmente não tão acessíveis.
  48. Léry, Jean de. História de uma viagem feita à terra do Brasil, também chamada América. 1578. Uma proto-etnografia do brasileiros e uma das aventuras do novo mundo.
  49. Lévi-Strauss, Claude. Tristes Trópicos. 1955. Uma jornada etnográfica tanto de populações indígenas quanto das sociedades urbanas brasileiras.
  50. Lima Barreto, Afonso Henriques de. Triste Fim de Policarpo Quaresma. 1911. Os riscos de se sonhar por um Brasil grandioso.
  51. Macedo, Joaquim Manuel de. Memórias Da Rua Do Ouvidor. 1878. Crônicas das elites.
  52. Machado de Assis, Joaquim Maria. Esaú e Jacó. 1904. Carreira política e polarização.
  53. Machado de Assis, Joaquim Maria. Memórias Póstumas de Brás Cubas. 1881. Uma das obras-primas da literatura brasileira também é uma representação cáustica das classes que vivem das aparências.
  54. Magalhães, Basílio de. Expansão geográfica do Brasil colonial. São Paulo. 1935. Para quem tem curiosidade em saber como os estados se formaram e como as fronteiras do país se moveram à oeste.
  55. Martius, Carl Friedrich Philipp von. “Como se deve escrever a História do Brasil.” 1843. Ensaio que providencia uma das diretrizes para se entender o Brasil.
  56. Mendonça, Heitor Furtado de. Primeira Visitação do Santo Ofício Às Partes Do Brasil: Denunciações e Confissões de Pernambuco, 1593-1595.  Os pecados da colônia
  57. Métraux, Alfred. 1927. “Migrations Historiques Des Tupi-Guarani.” Journal de La Société Des Américanistes 19: 1–45. A busca pela Terra-sem-males.
  58. Monteiro, Duglas Teixeira. Os Errantes Do Novo Século: Um Estudo Sobre o Surto Milenarista Do Contestado. São Paulo: Duas Cidades, 1974.
  59. Montoya, Antonio Ruiz de. Conquista Espiritual Feita Pelos Religiosos Da Companhia de Jesus Nas Províncias Do Paraguai, Paraná, Uruguai e Tape. 1639. Um relato compreensivo do Brasil espanhol e da destruição do Guayrá pelos bandeirantes paulistas.
  60. Morley, Helena. Minha Vida de Menina. Companhia das Letras. 2016. Como era crescer no interior brasileiro no século XIX.
  61. Mourão Filho, Olímpio. Memórias: a verdade de um revolucionário. 1978. Versão de um dos articuladores do golpe de 1964.
  62. Nabuco, Joaquim. Minha Formação. 1900. Convivências com diferenças sociais, formação pessoal e causas políticas.
  63. Nabuco, Joaquim. O Abolicionismo. 1883. Sumário de um dos primeiros movimentos sociais de alcance nacional com preocupações pela dignidade humana.
  64. Nabuco, Joaquim. Um Estadista Do Império: Nabuco de Araújo: sua vida, suas opiniões, sua época, por seu filho Joaquim Nabuco. 1897. Misto de biografia e história política do período monárquico.
  65. Nascimento, Abdias.  O Genocídio do Negro Brasileiro: processo de um racismo mascarado.  1978. Uma voz que questionou a então política semi-oficial de harmonia racial.
  66. Negrão, Lísias Nogueira. Entre a Cruz e a Encruzilhada: Formação do Campo Umbandista Em São Paulo. Edusp. 1996. A maior cidade do país é o cenário para uma das religiões mais populares e incompreendidas.
  67. Nimuendajú, Curt. Mapa Etno-Histórico. Rio de Janeiro: IBGE.1981. Reconstituição dos povos em suas terras originárias.
  68. Nunes Pereira, Manuel. Moronguêtá: Um Decameron Indígena. 1980. A riqueza narrativa indígena, principalmente do norte do país.
  69. Olinto, Antonio. Brasileiros na África. Edições GRD. 1980. Uma reminiscência de que as relações Sul-Sul sempre existiram, por mais que haja a impressão que o Brasil externamente tenha se relacionado mais com a Europa e os Estados Unidos.
  70. Oliveira Vianna, Francisco José. Populações Meridionais do Brasil. 1988. Um dos proponentes da modernização autoritária do Brasil. De certo modo, seu plano de país triunfou.
  71. Pinto, Luiz de Aguiar Costa. Lutas de Famílias no Brasil. 1949. As guerras civis privadas desmistificam a lenda de um país pacífico por natureza.
  72. Ponte Preta, Stanislaw. Febeapá: Festival de Besteira Que Assola o País. 1966-1968. Trilogia sarcástica que parece ter sido escrita ontem que retrata o descaso da elite política pela decência.
  73. Prado Júnior, Caio. Formação do Brasil Contemporâneo. Editora Companhia das Letras. Uma visão da história do país com uma análise materialista.
  74. Prado, Paulo. Retrato do Brasil: Ensaio Sobre a Tristeza Brasileira. 1928. Análise de caráter nacional brasileiro. Localiza as matrizes da degradação e melancolia do brasileiro na cobiça e na luxuria da colonização portuguesa bem como nos idealismos já nacionais do Romantismo do século XIX.
  75. Priore, Mary Del. A Mulher na História do Brasil. Contexto. 1988. Os papéis assumidos e impostos às mulheres.
  76. Queiroz, Maria Isaura Pereira de. O Messianismo No Brasil e No Mundo. São Paulo: Alfa-Omega. 1976. A visão do Brasil pelas lentes dos movimentos religiosos camponeses de caráter messiânico e milenarista.
  77. Querino, Manoel. A Raça Africana e Os Seus Costumes. 1955. Uma análise por um autor negro que desafiou os estereótipos.
  78. Ribeiro, Darcy. O Povo Brasileiro: A Formação e o Sentido Do Brasil. 1995. Reflexões maduras de um antropólogo e homem público que se dedicou a compreender e melhorar a vida dos brasileiros.
  79. Rio, João do. As Religiões No Rio. 1904. Uma desmistificação da homogeneidade religiosa do Rio de Janeiro.
  80. Romero, Sílvio. História Da Literatura Brasileira. 1882. Início dos estudos literários e do exame literário do Brasil.
  81. Rosa, Guimarães. Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1958. As questões universais postas a partir do sertão mineiro.
  82. Rugendas, Johann Moritz. Rugendas. Imprensa Oficial de Estado. 1981. Crônicas em retratos que pintaram o Brasil do início do século XIX.
  83. Sabino, Fernando. O Grande Mentecapto: Relato Das Aventuras e Desventuras de Viramundo e de Suas Inenarráveis Peregrinações. 1979. Uma jornada picaresca por Minas Gerais e um microcosmo dos contrastes.
  84. Saint-Hilaire, Auguste de. Viagem à Comarca de Curitiba, 1820.  Uma das várias viagens do naturalista pelo país.
  85. Sales, Herberto. Dados biográficos do finado Marcelino: Romance. 1965. Ficção de um ideal de elite erudita.
  86. Salvador, Frei Vicente do. História do Brasil. 1626. Obra inaugural para considerar o Brasil como uma entidade com sua própria história.
  87. Sampaio, Teodoro. O Tupi na Geografia Nacional. 1901. Os topônimos no Brasil registram a expansão bandeirante e mesmo as migrações dos povos tupis.
  88. Scheper-Hughes, Nancy. Death without Weeping: The Violence of Everyday Life in Brazil. Univ of California Press. 1992. A banalização da mortalidade infantil devido à pobreza. Ainda sem tradução brasileira.
  89. Sevcenko, Nicolau. A Revolta da Vacina: Mentes Insanas em Corpos Rebeldes. SciELO-Editora UNESP. 2018. A conjuntura política para uma resistência desastrosa contra uma das mais benéficas políticas de saúde pública.
  90. Simonsen, Roberto Cochrane. História Econômica Do Brasil. 1937.  Início da historiografia econômica com atenção sistemática aos dados.
  91. Soares, Luiz Eduardo, André Batista, Rodrigo Pimentel. Elite da Tropa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005. Os conflitos de um estamento policial e os problemas de segurança pública.
  92. Sodré, Nelson Werneck. Oeste: Ensaio Sobre a Grande Propriedade Pastoril. Arquivo do Estado de São Paulo. 1990.
  93. Sousa, Gabriel Soares de. Tratado Descritivo Do Brasil. 1587. Registros dos potenciais exploratórios do Brasil para convencer a metrópole de sua viabilidade.
  94. Souza, Gilda de Mello e. O Espírito das Roupas: A Moda No Século XIX. São Paulo: Companhia das Letras. 1987. Tese doutoral em que registra as transformações sociais mediante fontes históricas e literárias sobre as vestimentas.
  95. Staden, Hans. Uma História Verídica – Duas Viagens ao Brasil: Primeiros Registros Sobre o Brasil. 1557. Vida na colônia e entre os índios.
  96. Teixeira, Anísio e outros. “Manifesto dos Pioneiros – a reconstrução educacional no Brasil: ao povo e ao Governo.” 1932. Os proponentes da Escola Nova diagnosticam o papel social da educação para a construção do país.
  97. Vargas, Getúlio. “Carta Testamento.” 1954. Um misto de apologia pessoal e julgamento político.
  98. Weffort, Francisco. O populismo na política brasileira. Paz e Terra. 1978. Sua tese de que no regime eleitoral brasileiro fica no poder o grupo que  melhor promete o pleno-emprego permanece incontestável.
  99. Woortmann, Klass. “Cum Parente Não Se Neguceia O Campesinato Como Ordem Moral.” Anuário Antropológico. Brasília, Editora UNB/Tempo Brasileiro. 1987. Artigo que resume a ordem moral camponesa brasileira, mas vejo como aplicável em nossas relações de afeto e convivência mesmo fora do âmbito rural.
  100. Zweig, Stefan. Brasil, país do futuro. 1941. A esperança idílica que um exilado, um dos maiores escritores de seu tempo, encontrou no Brasil.

Menções honrosas

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  • Alvim, Z M F. 1986. Brava Gente!: Os Italianos em São Paulo, 1870-1920. Brasiliense.
  • Amado, Gilberto. 1960. História da Minha Infância. J. Olympio.
  • Amado, Gilberto. 1999. Eleição e Representação. Brasília: Senado Federal.
  • Anjos, Ciro dos. 2006. “O Amanuense Belmiro.” Rio de Janeiro.
  • Anônimo. 1500. “Relação do Piloto Anônimo.”
  • Anônimo. 1514. “Nova Gazeta da Terra do Brasil Ou Newen Zeytung Auss Presillg Landt.”
  • Arbex, Daniela. Holocausto brasileiro. Geração Editorial, 2013.
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  • Barreto, Fausto, Carlos de Laet. 1969. Antologia Nacional. Francisco Alves.
  • Barreto, Lima. 2010. Recordações do Escrivão Isaías Caminha. Companhia das Letras.
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  • Ramos, Graciliano. 1938. Vidas Secas.
  • Ribeiro, Berta. 1983. O Índio Na História Do Brasil.
  • Ribeiro, Darcy. 1970. Os Índios e a Civilização: A integração das populações indígenas no Brasil Moderno. Global  
  • Ribeiro, Darcy. 1986. América Latina, a Pátria Grande. Guanabara.
  • Ribeiro, João Ubaldo. 2008. Viva o Povo Brasileiro. Alfaguara.
  • Rocha Pita, Sebastião da. 1880. História da America Portugueza.
  • Rocha Pombo, J F. 1963. História do Brasil. Cultura e Ciência. Melhoramentos. 
  • Rodrigues, José Honório. 1970. Aspirações Nacionais: Interpretação Histórico-Política. Civilização Brasileira.
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  • Roosevelt, Theodore. 1944. Através do Sertão do Brasil. Brasiliana.
  • Roquette-Pinto, Edgar. 1941. Ensaios Brasilianos. Brasiliana.
  • Salgado, Sebastião. 2009. Trabalhadores: Uma Arqueologia Da Era Industrial. Companhia das Letras.
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  • Santos, Milton. 2013. A Urbanização Brasileira. Edusp.
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  • Veríssimo, Erico. O Tempo e o Vento. São Paulo: Companhia Das Letras.
  • Vespúcio, Américo. Mundus Novus. 1503.
  • Vieira, David Gueiros. 1980. O Protestantismo, a Maçonaria e a Questão Religiosa no Brasil. Editora Universidade de Brasília.
  • Vieira, padre Antônio. 2006. Sermões Do Padre Vieira. L&PM.
  • Zarur, George. 2003. A Utopia Brasileira: Povo e Elite. Abaré.  

3 comentários em “Brasiliana: 100 livros essenciais sobre o Brasil

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    1. De forma alguma seria cretina.

      Se fosse para organizar um seminário com um público dos mais diversos interesses possíveis, selecionaria essas dez obras como basilares para se entender o Brasil.

      Câmara Cascudo. Dicionário do Folclore Brasileiro.
      Carolina Maria de Jesus. Quarto de Despejo.
      Euclides da Cunha. Os Sertões
      Gilberto Freyre. Casa-Grande & Senzala.
      Jean de Léry. História de uma viagem feita à terra do Brasil.
      Klass Woortmann. Cum Parente Não Se Neguceia
      Lima Barreto. Triste Fim de Policarpo Quaresma.
      Raymundo Faoro. Os Donos Do Poder.
      Roberto DaMatta. Carnavais, Malandros e Heróis
      Sérgio Buarque de Holanda. Raízes do Brasil.

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