O Deus pós-moderno

No princípio, Deus é os Deuses (Elohim), plural que alguns chamam de majestade e outros de plenitude e que muitos creem ser um eco de anteriores politeísmos ou uma premonição da doutrina, declarada em Niceia, de que Deus é Uno e Triplo.(…) Nos primeiros séculos de nossa era, os teólogos habilitam o prefixo omni-, antes reservado aos adjetivos da natureza ou de Júpiter; propagam-se as palavras onipotente, onipresente, onisciente, que fazem de Deus um respeitável caos de superlativos inimagináveis. Essa nomenclatura, como as outras, parece limitar a divindade: em fins de século V, o incógnito autor do Corpus Dionysiacum declara que a Deus não convém nenhum predicado afirmativo. Nada se deve afirmar d’Ele, tudo se pode negar. Schopenhauer anota secamente: Essa teologia é a única verdadeira, mas não tem conteúdo”. Jorge Luís Borges. De alguien a nadie. 1950.

deus pos

INTRODUÇÃO

Este ensaio volta-se às implicações do pós-modernismo ao pensamento religioso (ou sobre a religião). No mundo ocidental ocorreram várias transformações drásticas na  concepção de divindade dentro da conjuntura cultural chamada de pós-modernidade. Essa abordagem inclui as críticas pós-modernas dos sistemas religiosos e metafísicos passados; as novas concepções de realidade divina; e a renovação pós-estruturalista da busca da transcendentalidade, incluindo as dimensões religiosas do pensamento da deconstrução. Trata-se de uma visão panorâmica e introdutória do pensamento pós-moderno sobre religião, apresentando seus principais pensadores do final do século XX e princípio do século XXI.

Devido essas perspectivas emergiram em círculos eruditos judaico-cristãos (incluindo colaborações pós-coloniais) obviamente há uma notável ausência de uma filosofia da religião pós-moderna que não seja de matriz abraâmica, portanto, o foco está em Deus nas matrizes religiosas ocidentais.

A Condição Pós-moderna

Pós-modernidade: o oximoro da definição

Pós-modernidade, devido à sua própria rejeição da objetividade e caráter intrínseco de disputar delineamentos marcantes, é uma idade cultural difícil de se precisar.

Na explanação de Jean-François Lyotard, filósofo que se dedicou ao tema, pós-modernidade seria a incredulidade para as metanarrativas[1]. Pós-modernidade, em sua concepção, não é um período sucessor da modernidade: é o desencanto com as estruturas estabelecidas pelas narrativas tradicionais, é o fim das generalizações e universalidades.

Evitando definições, o teórico literário Ihab Hassan propõe um ilustrativo paralelo entre modernidade e pós-modernidade:

Modernidade Pós-modernidade
Forma (conjuntiva, fechada) Antiforma (disjuntiva, aberta)
Propósito Jogo
Planejamento Chance
Hierarquia Anarquia
Centro Dispersão
Seleção Combinação
Criação/Totalização Decriação/Deconstrução
Síntese Antítese
Presença Ausência
Origem / Causa Diferença-Differance / Traços
Deus, o Pai Espírito Santo
Interpretação/leitura Contra interpretação

O quadro de oposições de Ihab Hassan dá um Geist do que seria o fenômeno da pós-modernidade. O conceito de pós-modernidade remonta do final do século XIX, mas somente a partir da década de 1950 o termo consolidou para explicar a conjuntura cultural em oposição à modernidade e às certezas positivistas. Esta “condição pós-moderna”, para utilizar a fraseologia de Lyotard, estende sua influência sobre diversas áreas, desde a arquitetura à literatura.

O retorno pós-moderno à religião

Após a 2ª Guerra Mundial houve uma disseminada secularização dos meios acadêmicos e das sociedades ocidentais tanto que sociólogos da religião[2]  acreditavam no fim da religiosidade pública. Entretanto, no final da década de 1970,  viu-se um renascimento da religião, levando a retomada da investigação metafísica por escolas de divindade ligadas a proeminentes universidades seculares como a University of Chicago Divinity School e a Yale Divinity School.

À parte do cenário teológico, escolas filosóficas francesas centradas na Sorbonne e em seletos departamentos de filosofia de universidades da região norte do estado de Nova Iorque, como Ithaca, Syracuse e Cornell, também ofereceram perspectivas sobre religião seguindo o método deconstrutivo do pós-estruturalismo. Notavelmente, essas produções filosóficas emergiram de um contexto não religioso.

Os focos relacionados a discussão da religião pela filosofia pós-moderna são diversos: a linguagem religiosa, o problema do mal, a ontologia do Último, exclusividade de uma religião, justificação da crença religiosa, o conceito de pessoa e o problema mente-corpo nas cosmovisões religiosas, além de críticas das epistemologias e das metafísicas pré-modernas e modernas, principalmente os sistemas baseados no racionalismo.

A controvérsia da morte de Deus

Uma ilustração que demonstra a típica percepção sobre Deus no mundo cada vez mais secular do pós-guerra é a controvérsia da morte de Deus. Na capa da revista Times de 8 de abril de 1966 aparece a questão fria: Deus está morto? Era um debate que saiu do limitado e tradicional círculo acadêmico para alcançar a discussão pública.

Inicialmente a frase cunhada por Nietzsche em Assim falou Zaratustra, a morte de Deus e seu papel na civilização ocidental passou a ser explorada por teólogos como T. J. J. Altizer, Paul van Buren, Gabriel Vahanian, William Hamilton e posteriormente por pensadores da deconstrução como Mark C. Taylor.

Esta doutrina teve base no pensamento radical de teólogos como Paul Tillich, Dietrich Bonhoeffer e Rudolf Bultmann. Tillich rejeitou sobrenaturalismo e arguiu que a única declaração válida e não simbólica sobre Deus seria de que ele consistia no Ser em si próprio. Como um Preocupação Última[3], Deus é além da essência e existência, portanto argumentar que Deus existe seria negá-lo. Bonhoeffer pregou um cristianismo secular, “mundano”, no qual espera pelo dia quando a humanidade viveria um “cristianismo sem religião” de um “mundo sem Deus”. O teólogo da graça cara era um iconoclasta disposto a destruir todos os ídolos, sobretudo o ídolo do Deus das lacunas, a atribuição da agência divina a fenômeno por ora inexplicável. Bultmann conclamou para tirar do Novo Testamento e da teologia cristã os mitos, por meio da desmitologização o indivíduo moderno seria capaz de viver plenamente sem a dependência de um mito de Deus.

Neste cenário a teologia da morte de Deus apareceu na década de 1960 primeiramente com o trabalho de Gabriel Vanhanian Death of God: The Culture of Our Post-Christian Era. Nela Vanhanian argumentava que Deus não é mais necessário em uma era moderna, secular e científica.

Em The Gospel of Christian Atheism, no qual são visíveis as influências de Hegel, Kant e Nietzsche, T. J. J. Altizer declara que Deus (a religião do Pai) que na kenosis tornou-se humanidade em Jesus, morreu na cruz (a religião do Filho). Assim, morreu Deus na história e abrindo um “futuro apocalíptico” para a humanidade quando os seres humanos aprenderiam a viver sem deuses.

Após a morte de Deus, um retorno surpresa aconteceu, desta vez pelo inquérito filosófico pós-moderno e mesmo religiosidade popular em muitas esferas há muito tempo secularizadas.

Existencialismo Cristão

Existencialismo cristão é um segmento para o pensamento pós-moderno sobre Deus e religião cuja base está na filosofia existencial de Sören Kierkegaard para quem a verdade religiosa era paradoxal, subjetiva e dependente na fé. A próxima raiz de influência é a neo-ortodoxia de Karl Barth, Emil Brunner, Dietrich Bonhoeffer e Rudolf Bultmann.

O teólogo e filósofo Paul Tillich foi talvez o maior expoente do existencialismo cristão, cunhando termos como Preocupação Última, Poder e Fundamento do Ser. Outros proponentes influenciais foram o filósofo Gabriel Marcel e o bispo anglicano John Robinson, cujo livro Honest to God popularizou as teologias de Tillich, Bonhoeffer e Bultmann.

PÓS-ESTRUTURALISMO

No pensamento pós-moderno o pluralismo e o relativismo tomam o lugar da certeza racional e do conhecimento empírico. Esse pensamento possui raízes na metafísica de Martin Heidegger, na filosofia do segundo Ludwig Wittgenstein, no questionamento do positivismo após o Círculo de Viena e na filosofia estrutural da linguagem francesa.

O ensaio de Heidegger The Onto-theo-logical Constitution of Metaphysics seria o marco para a teologia pós-moderna como um convite para ultrapassar a ideia de Deus como uma causa sui em favor de um deus diante do qual se pode “dançar e cantar”. Ou nos termos de Derrida, “Heidegger com ou sem a palavra ser, escreveu uma teologia com ou sem Deus”. Também com o pensamento de  Heidegger tornou-se irrelevante as limitações da dicotomia objetividade/subjetividade no inquérito acadêmico, deixando aberto a possibilidade do ser sem a necessidade de demonstrações concretas.

Quase sinônimo para pós-modernismo é o pós-estruturalismo, tanto que às vezes ocorre de ambos os termos serem empregados com o mesmo sentido. Para entender o pós-estruturalismo voltamos ao estruturalismo, teoria linguístico-literária originalmente postulada por Ferdinand de Saussure e mais tarde desenvolvida por Roman Jakobson e adaptada à antropologia por Claude Lévi-Strauss. Para Saussure, os elementos linguísticos da ideia e palavra foram divididos em um paradigma no qual o signo (símbolo) possuía um significante (o meio de transmissão) e um significado (o sentido na mente do receptor). O estruturalismo já antecipava a noção pós-estruturalista em que os signos são arbitrários e fazem sentidos absolutos serem impossíveis, porém seria superado por este por meio da rejeição do pressuposto do qual as estruturas fixas forneceriam bases para as ideias se consolidarem.

Na década de 1960 ocorre a desilusão com o pensamento estabelecido, dando lugar a filosofias alternativas radicais, como o feminismo, uma renovada ênfase na fenomenologia, o pós-colonialismo, o niilismo e a novas teorias críticas.

Entre essas críticas, vários autores abordaram o Deus judaico-cristão.

Emmanuel Levinas escreveu em Deus e Filosofia que Deus é um ideal secular, o Outro Infinito cuja revelação das escrituras religiosas apresenta como o Deus tradicional. Jacques Lacan tratou o tema da religião em A Morte de Deus com linhas freudianas tratando a existência de Deus como uma ilusão reconfortante, mas em seu conceito de Alteridade como a consciência da ordem real possui conotações de Realidade Última, localizada na ordem imaginária. Michael Foucault possuía uma perspectiva negativa sobre religião, pois a considerava como poder de imposição regulador da cultura e sociedade. George Bataille deu sua visão econômica do sacrifício, baseada em Marcel Mauss, no qual liga sacrifício com dádiva e recompensa. Também trabalhando com o conceito de sacrifício, Roland Barthes contribuiu com visão de Deus sendo ambos o Auxiliar e Oponente na cena de um sacrifício.

Sob as influências das hermenêuticas de Wilhelm Dilthey e Hans-Georg Gadamer e a fenomenologia de Husserl, Paul Ricoeur criticou a visão estrutural da linguagem e realidade por não considerar a situação contextual do discurso. Sendo tanto teólogo quanto filósofo (sem misturar maleficamente as duas disciplinas), Ricoeur propôs uma interpretação do simbolismo religioso a um nível existencial e aplicou-o a textos bíblicos.

Deconstrução

Em Paris os filósofos e críticos literários Jacques Derrida e Roland Barthes foram proponentes de uma teoria deconstrucionista da literatura. Derrida ensinava que o contexto situacional (mesmo do momento da leitura) gerava o sentido. Enquanto para Barthes, o sentido o qual o autor intenciona não seja tão importante quanto o sentido que o leitor percebe. Da teoria literária, a abordagem da deconstrução estendeu sua influência à filosofia e à teologia.

Inicialmente seu objeto de escrutínio foi o jogo dos significantes, mas em seu derradeiros anos, ainda que fora um judeu secular, Derrida tornaria para uma forma pessoal de espiritualidade e se dedicaria à analise da religião. Empregou muito da crítica de Heidegger em Ser e Tempo à metafísica de prévios filósofos e a “onto-teo-logia” como a teologia do Ser.

Como a deconstrução rejeita a objetividade, a abordagem de Derrida à teologia é de uma maneira negativa ou apofática. Desse modo, concebe a “religião (sem religião)” e discorreu sobre o Indeconstrutível, que é o “centro de um desejo além do desejo, de um desejo de afirmar que vai além do desejo de possuir, o desejo de algo pelo qual podemos viver sem reservas” [1]. E neste “ato de afirmação” propôs o termo difference, que não é nem a palavra ou conceito ou mesmo a coisa. Com o termo contrapõe a dependência ocidental em uma forma ou outra de um significante transcendental, como Verdade, Deus, Alá, Razão, Ser ou qualquer princípio metafísico hierárquico. De acordo com Caputo “Differance é todavia uma quase-transcendental anterioridade, não a supereminente transcendental ulterioridade.”[4]

Aplicando seu pensamento à realidade, Derrida distingue messianismo (crença em um já-aqui messias ou sistema) de uma esperança messiânica de um futuro desconhecido.

No ensaio Dom da Morte Derrida propõe (baseado em Mauss) que uma dádiva não é na realidade uma dádiva, porque implica gratidão por parte do recipiente – portanto dívida.

Diretamente influenciado pela deconstrução de Derrida emergiu novas reflexões sobre religião com pensadores como Mark C. Taylor, Jean-Luc Marion, Jean-Luc Nancy, John Caputo e a Ortodoxia Radical.

Mark C. Taylor em seu Erring : A Postmodern A/theology deconstroi a teologia sistemática da religião judaico-cristã rejeitando as noções de Verdade, Self, e Sentido além da análise do impacto da Morte de Deus na civilização ocidental e seu significado transcendental. Constituí uma verdadeira “hermenêutica da morte de Deus” criticando da teologia da morte de Deus de Gabriel Vahanian e Thomas J.J. Altizer como centrada no homem.

Jean-Luc Marion emprega uma teologia deconstrutiva em seu “Deus sem Ser” que culpa, em termos de Heidegger, de idolatria qualquer teologia baseada na concepção de Ser Divino. Deus é amor, mas não amor estático. O Deus pós-metafísico não é o da Razão, do Ser ou o Deus da moralidade.

Um dos colaboradores mais próximos de Derrida, John D. Caputo da Universidade de Syracuse, Nova Iorque, dedica análises minuciosas de assuntos religiosos. Recentemente em seu The Weakness of God: A Theology of the Event (2006) interpreta Deus não como um substantivo, mas um evento, já que Deus não pode ser definido de acordo com a razão de sistemas humanos. Nessa visão Deus não pode fisicamente ou metafisicamente intervir na natureza porque este é o Deus dos escravos, viúvas, órfãos, exigindo uma vida ética para a sobrevivência da humanidade.

Há análises recentes sobre religião, Deus e cristianismo por autores adeptos da deconstrução, como Jean-Luc Nancy para quem o cristianismo provê uma estrutura para um entendimento indeconstrutível de esperança em seu Dis-Enclosure: The Deconstruction of Christianity. Outro pensador, Gianni Vattimo, ainda que um “ateu deconstrucionista” defende a ética cristã da humildade e perdão, por representarem as exatas pressuposições dos valores públicos. Charles Winquist resume em Desiring Theology (1995) e Epiphanies of Darkness: Deconstruction in Theology (1999) o que ele chama “teologia secular”, com atenção também a Tillich, Derrida e Pensamento Processual.

Ortodoxia Radical

A ortodoxia radical reafirma a tradicional transcendência teológica judaico-cristã, sobretudo a ideia de Deus, mas considera os contextos temporal, cultural, histórico e secular, no exame de disciplinas como política, economia, ciências naturais, teoria social e cultural. Contudo, nessa busca pelo entendimento do divino rejeita a dependência da razão. O contexto providenciado por essas disciplinas quanto por ritual é a chave para a alternativa (pós)-moderna e coloca a teologia no topo das ciências. As influências da ortodoxia radical foram o neo-platonismo, a crítica do ser de Heidegger, a deconstrução de Derrida, além de empregar o pensamento de Emmanuel Levinas, Tomás de Aquino, Giambattista Vico e Friederich H. Jacobi.

Outra influência para a ortodoxia radical é a teologia de Paul Tillich. Para Tillich a Base de Existência Última é não um ser em particular nem mesmo um ser excelso ou pessoa além deste universo, mas quem dá sentido e profundidade à existência. A teologia deveria ser construída neste pressuposto, qual seja o estado de evidência acerca sua existência ou não.

O problema pós-moderno da linguagem religiosa é resolvido pela ortodoxia radical por analogia e liturgia (aqui então o foco na “theurgia”) como interação da língua e realidade.

Os principais proponentes desta escola de pensamento surgida na década de 1990 em Cambridge são John Milbank, Catherine Pickstock, Graham Ward e Phillip Blond.

REENCONTRO DA TEOLOGIA COM A FILOSOFIA

Teologia Pós-liberal

Os teólogos George Lindbeck, Hans Wilhelm Frei e Stanley Hauerwas oferecem uma teologia narrativa com interação com a filosofia. De certa forma relacionada com a ortodoxia radical e inspirada filosofia da linguagem de Wittgenstein e na filosofia moral de Alasdair MacIntyre, a teologia desses autores rejeitam a objetividade da teologia liberal, ainda que aproveita muito de sua abordagem racional ao cristianismo.

Na The Nature of Doctrine (1984) Lindbeck defende que há certa “experiência universal” de religião, da qual a teologia cristã é uma expressão, em rejeição da “racionalidade universal do iluminismo moderno.

As introspecção antropológicas e sociológicas sobre natureza da comunidade do antropólogo Clifford Geertz e do sociólogo Peter Berger providenciam um pano de fundo para formular uma epistemologia historicista e comunitária, na qual a experiência e pensamento são definidos pela história coletiva.

A teologia pós-liberal prefere uma teologia narrativa a uma teologia normativa como doutrina, sendo essa abordagem essencialmente descritiva.

Quanto à ética, o pós-liberalismo teológico revela muito de sua conexão pós-moderna. O pós-liberalismo considera os valores morais como pertencentes a uma comunidade em particular (a Igreja no caso do cristianismo) em reação da prevalecente universalidade moral de Kant. Entretanto, há quem defenda uma ética de virtude, como Hauerwas faz.

O Deus limitado

Um segmento da filosofia pós-Hegeliana possui uma variada convicção em Deus, mas com atributos distintos das tradicionais teologias abraâmicas. São várias as teorias sobre este Deus filosófico, todavia em comum elas dividem o conceito de uma natureza limitada e sendo presa com o caráter do universo. Curiosamente, essas teorias emergiram em mentes pós-ateístas.

Teísmo finito

Alguns exemplos clássicos de um Deus limitado são o Demiurgo platônico e o Movedor Primário aristotélico são exemplos de um Deus finito. Há também a teoria de um finitismo interino formulado pelo filósofo liberal John Stuart Mill. O filósofo pragmatista e psicólogo William James rejeitou a concepção de um idealismo absoluto divino, em favor de um panteísmo pluralístico finito.

A ideia personalista de um teísmo finito do filósofo ítalo-americano Peter Bertocci oferece uma visão teleológica de Deus. Apesar disso, Bertocci  dá um retrato relativo de Deus, que teria criado o universo de matéria pré-existente, está ativo nele; mas é limitado, finito e incapaz de trazer o desejado bem. As implicações éticas, visto que não há uma história teleologicamente definida com a garantia do triunfo final do Bem sobre o Mal, é de consciência da responsabilidade humana por seu futuro.

Teologia do Processo

O filósofo britânico Alfred North Whitehead propôs uma nova teoria: o pensamento do processo ou teologia do processo, mais tarde desenvolvida por Samuel Alexander, Schuber Ogden, Charles Hartshorne e John Cobb.  Trata-se a da secularização do conceito de Deus com a teologia natural e método filosófico, com forte emprego da lógica e filosofia analítica, além de alguma influência da teologia de Teilhard de Chardin.

Nesta formulação, Deus contém o universo e está de alguma maneira incluso nele, porém não é idêntico a ele (assim consiste em alguma forma de panenteísmo) e é afetado pelas ações que ocorrem no universo. É um Deus bipolar ou dipolar, já que possui dois polos: um espiritual e outro físico, como mente e corpo. O Ser Último é onipotente, embora escolha agir por persuasão, deixando livre-arbítrio para a criação. Deus não é uma entidade, mas um evento, é a ordem implícita que guia o processo da realidade e está em contínuo processo de mudança própria. Deste modo, teologia do processo busca resolver muitos problemas conceptuais trazidos pelos atributos absolutos do teísmo tradicional, como o problema do mal, determinismo e livre-arbítrio, onisciência e justiça divina.

Teísmo Aberto

Teólogos pós-evangelicais como Gregory Boyd, John Sanders e Clark Pinnock expõem a doutrina do teísmo aberto. Nessa doutrina, Deus não controla meticulosamente o universo, nem exaustivamente conhece o futuro. É uma versão cristianizada, buscando suporte bíblico, para as pressuposições do teísmo do processo de Whitehead e do teísmo finito de Bertocci.

Em busca da certeza: Neo-Ateísmo e abordagens reconstrutivas

O filósofo da ciência e antropólogo social Ernest Gellner expõe em seu Postmodernism, Reason and Religion que as abordagens contemporâneas à verdade religiosa podem ser agrupadas em três: o retorno da fé tradicional de termos religiosos; a noção relativística que a verdade é composta pela sociedade e cultura; e a crença que realmente há uma verdade, embora nenhuma comunidade ou indivíduo possa possuí-la.

As cosmovisões previamente tratadas nesse ensaio são basicamente do segundo tipo, as relativísticas, mas há outras perspectivas buscando certeza nos assuntos da religião e também aquela que renuncia diante da verdade inatingível.

Neo-Ateísmo

Um grupo que afirma a verdade definitiva são os neo-ateístas. Neo-ateísmo não é exatamente uma escola de pensamento filosófico, antes é uma denominação (que alguns tomam pejorativamente) dada a escritores populares como Richard Dawkins, Sam Harris e Christopher Hitchens, cujas bases de argumentos são basicamente positivistas e concentram-se contra a tradicional visão cristã sobre Deus. Escrevendo em estilo claro e acessível, trouxeram as discussões sobre Deus às esferas populares. Nesse discurso, reclamam para seu movimento a substituição da religião (teísta) pela ciência e razão. Alguns filósofos acadêmicos da religião (como Plantinga) deram uma resposta a esses, geralmente criticando seus argumentos como já superados e reducionistas. Teólogos, como Alister McGrath, ou cientistas, como o geneticista Francis Collins, consideram os argumentos do neo-ateísmo como não científicos.

Uma resposta recente, também em termos populares, a escritora Karen Armstrong lançou  The Case for God afirmando Deus como uma realidade fundamental.

Abordagens reconstrutivas

Em reação à incerteza causada por filosofias pós-modernas fez que a teologia tradicional cristã respondesse em termos filosóficos diferentes de fundamentalistas anti-intelectuais. Resposta feita principalmente por teólogos católicos romanos e reformados.

A epistemologia reformada está centrada no Calvin College em Michigan desde a publicação de Faith and Rationality em 1983. Fundamentados na apologética reformada de Cornelius Van Til, Francis Schaeffer e na ideologia politico-cultural de Abraham Kuyper, Herman Dooyeweerd, filósofos como Gordon Clark, Alvin Plantinga, William Alston, Nicholas Wolterstorff e Peter Kreef defendem que cristianismo é conceptualmente verdadeiro e culturalmente relevante para a presente sociedade. Em comum com expoentes do pós-modernismo, aderentes da epistemologia reformada rejeitam um pressuposto de neutralidade e objetividade para se obter um conhecimento válido, sobretudo, o conhecimento científico. Antes, argumenta que a cosmovisão do sujeito pensante afeta sua percepção de verdade. Um adendo, o termo cosmovisão ou visão de mundo entre interlocultores da epistemologia reformada ganha conotações distintas que esse termo teve sem sua origem na filosofia alemã ou correntemente na antropologia. Entre os reformados está mais para plexo de pressupostos e condições subjetivas do ser cognizante. A epistemologia reformada centra-se na crença em Deus não requer evidência sólida para ser racional, mas essa crença deve ter pressuposições logicamente válidas. Há vários argumentos dos filósofos da epistemologia reformada, como o da analogia da existência de outras mentes de Plantinga, mas em suma a escola afirma que há um Deus que pode ser inteiramente racional, cuja racionalidade é demonstrada empregando ferramentas analíticas e o argumento ontológico.

Ainda nessa linha, Patrick Glynn publica o livro God the Evidence: The Reconciliation of Faith and Reason in a Postsecular World (1999), arguindo por uma crença racionalista (mas anticientífica) do teísmo.

No catolicismo romano são vários os pensadores, mas os dois últimos papas, João Paulo II com seu Veritatis Splendor e Bento XVI, condenaram o relativismo pós-moderno e comentam sua implicação na moralidade. Advogam um racionalismo neo-tomístico sintetizado com caridade.

Em Oxford emergiu o teísmo filosófico, com expoente em Richard Swinburn que emprega instrumentos como teorema de Bayes para demonstrar a possibilidade positiva da existência de Deus e William J. Wainwright que reapresenta argumentos escolásticos para defender o teísmo.

Outros argumentos

Além dessas posições afirmativas de verdade vários pensadores defendem uma visão de verdade-em-algum-lugar, distante de nossa realidade e compreensão. Aqui elas estão juntas não por causa de afinidade, mas pela dificuldade de classificação.

O filósofo analítico britânico Anthony Flew dedicou-se a anos em argumentos ateísticos, mas em 2001 adotou uma postura neo-deísta. Desde o ocaso do iluminismo o deísmo enquanto doutrina praticamente deixou de possuir seguidores, mas com a aderência de Flew o deísmo voltou ao cenário da filosofia da religião. Flew aceita os argumentos de Richard Swinburne como cogente, mas retém uma distância qualitativa entre Deus e criação.

Agnosticismo não teve uma grande defesa filosófica recente, mas mesmo assim seria válido mencionar Anthony Kenny e James Hall como seus principais pensadores.

Ainda que Wittgenstein dedicou pouco de seu esforço filosófico à religião (embora tivesse uma vida pessoal intensamente religiosa) e recomendava silêncio no que não pode ser verificado, sua filosofia da linguagem e da mente foi aplicada à religião por herdeiros de seu pensamento. Um deles é D. Z. Phillip, ligado à Universidade de Gales-Swansea e Universidade Graduada Claremont na Califórnia. Phillip propõe um teísmo de certa maneira fideísta, pois Deus como uma lógica possível deve ser crido ainda que seja sem um fundamento. Esse fideísmo cria um problema com a linguagem religiosa, pois Deus não poderia ser descrito nem suas qualidades ou atributos discorridos por palavras e fé é ‘crença EM algo’, assim como poderia alguém crer sem um objeto de crença?

Teologia Não Realista

Herdeira, de certa forma do movimento da morte-de-Deus e do existencialismo cristão, surgiu uma teologia não realista, cujo proponente mais conhecido é o ministro anglicano Don Cupitt. Cupitt rejeita pressuposições realistas negando a realidade de Deus, seja como ente, seja como fundamento último. Como Cupitt diz “O que é Deus então, Deus é um símbolo unificador que eloquentemente personifica e representa-nos tudo que espiritualmente requer de nós….o atributo divino representa a nós vários aspectos da vida espiritual e a natureza de Deus como espírito representa o objetivo que buscamos.”

TEOLOGIAS ALTERNATIVAS

O pluralismo do pensamento pós-moderno deu voz para grupos antes marginalizados nas áreas da teologia e filosofia da religião. Desigualdade social, descolonização, pós-colonialismo, movimento de direitos civis, preocupações com igualdade de gêneros, movimentos ecológicos formaram o ambiente para a elaboração de teologias sob uma nova óptica. A concepção social de Deus passa a ser mais relevante que as visões místicas ou personalísticas.

Teologias de Libertação

O clamor pela libertação radical dos oprimidos esteve sempre presente no cristianismo, desde heresias populares na idade média, taboritas, anabatistas radicais e o trabalho de teólogos socialmente preocupados, como o bispo anglicano sul-africano Colenso e o evangelho social na América do Norte. Mas, somente na segunda metade do século XX o que propriamente podemos chamar de teologia da libertação foi elaborada.

O teólogo Jürgen Moltmann possuiu influências de Marx e Hegel em sua visão de história e em sua teologia da esperança. Moltmann enfatiza a escatologia com Deus apontando um futuro de justiça desejado e a revolução social para manifestar o Reino de Deus na Terra

Com base em Moltmann, no evangelho social, doutrina social da Igreja e na análise marxista surgiu na América Latina a teologia da libertação nos trabalhos de Gustavo Gutierrez, Jose Miguez Bonino, Rubem Alves, Juan Luis Segundo e Leonardo Boff. A teologia da libertação convoca a cristandade para uma ação política para curar a sociedade dos males sociais.

Martin Luther King, Jr e James H. Cone tomaram a experiência afroamericana para interpretar a ação de Deus na história. Cornel West apresenta uma síntese entre marxismo e teologia da libertação negra.

Vozes isoladas de teólogos pós-coloniais como John Mbti na África e Vine Deloria entre os nativos norte-americanos concentraram em perspectivas não ocidentais do cristianismo, criticando vieses europeus na interpretação da teologia cristã e bíblica.

Marcella Althaus-Reid, Graham Ward e Mona West são expoentes da teologia queer, reinterpretando sexualidades alternativas e acomodação como cristianismo.

O padre católico holandês Henri Nouwen é um pensador com um infelizmente raro objeto de escrutínio teológico: a inclusão de pessoas mentalmente desabilitadas.

Teologias feministas, womanistas e mujeristas emergiram com as obras de teólogas como Sallie McFargue, Linda E. Thomas, Maria Pillar Aquino, Ada Maria Isasi-Diaz e Ivone Gebara. Essas teólogas discutem, entre outras coisas, o gênero de Deus e a posição da mulher na religião. Há epistemologia feminista, buscando entendimento alternativo à chamada objetividade masculina de fazer filosofia e teologia.

Teologias pacifistas também surgiram no contexto pós-moderno, com contribuições das teologias quaker, anabatista, da libertação, existencialista cristã e ortodoxia radical. Entre os teólogos pacifistas, destacam-se os teólogos Ronald H. Stone e John Howard Yoder.

Em comum, essas teologias da libertação veem em Deus um ideal de justiça a ser buscado de modo imanente: nessa existência terrena.

Ecologia cósmica

O erudito americano Theodore Roszak, utilizando ideologias como a hipótese gaia, Spinoza, filosofia holística, a teologia progressiva-evolucionária de Teilhard de Chardin, esboçou uma cosmovisão na qual o Cosmo é presença viva e mente contendo todos os seres. Assim, a ecologia cósmica reviva o panteísmo e é aceito por vários novos movimentos religiosos (NMR) de carácter neo-pagão ou de culto à natureza, além de incentivar ativistas ecológicos. Arne Naess em Ecology, Community, and Lifestyle: Outline of an Ecosophy (1989) sistematizou essa cosmovisão.

CONCLUSÃO: O DEUS PÓS-MODERNO

Se tomarmos a declaração do deconstrucionista Jonathan Culler que “sentido é contexto preso, mas contexto é livre”[5] como válida, a própria crítica pós-moderna da linguagem e conhecimento pode ser tomada com uma metanarrativa em si, já que provê um padrão hermenêutico. Como então compreender um Deus desconhecido? Que Deus é esse que é o objeto da religião? Esse Deus em quem a fé dos crentes (e duvidosos) varia nos postulados pós-modernos desde o ausente “Não Ser” e impessoal Fundamento para Existência. Esse Deus que para alguns seria por uma entidade progressiva cósmica ainda que limitada, retorna ao monoteísmo cristão, porém pregado com um discurso bem distinto dos sermões do cristianismo ortodoxo. Por fim, temos esse Deus cujo retrato borrou com a ontologia de Martin Heidegger não mais como o nome ‘Deus’ mas como um Ser. Essas incertezas típicas da pós-modernidade farão a ideia de Deus não um ser otioso nem presente, mas vivo na dúvida daqueles que inquirem sobre essa ideia.

NOTAS

[1] Metanarrativa: também narrativa-mestre ou grande narrativa, refere ao ‘mito’ das estruturas conceptuais que dão localização histórica para a experiência e o conhecimento, como cristianismo, iluminismo, marxismo e uma miríade de outras ideologias.

[2] como o sociólogo da religião Bryan Wilson e outros proponentes da teoria da secularização. Enquanto alguns setores da religião organizada lamentavam a perda de espaço para a aparente indiferença laica, teólogos como Harvey Cox dava as boas-vindas ao secularismo como benéfico ao cristianismo em seu Secular City.

[3]  Em inglês Ultimate Concern, que — como seu correlato Ultimate Reality,–confesso ser difícil verter ao português. Já vi traduções como Preocupação, Realidade, Referência Última ou Ultimata.

[4] Caputo, John D. Prayers and Tears, p. 3.

[5] “meaning is context bound, but context is boundless”. Culler, Jonathan. On Deconstruction: Theory and Criticism after Structuralism. Ithaca: Cornell UP, 1982.

Textos primários 

  • Altizer, T. J. J. The New Gospel of Christian Atheism. Davies Group Pub, 2003.
  • Derrida, Jacques. Acts of Religion. Routledge, 2001.
  • Hassan, Ihab. The Dismemberment of Orpheus: Toward a Postmodern Literature. New York: Oxford University Press, 1971.
  • Heidegger, Martin. Sein und Zeit. 1927
  • Irigaray, Luce. Sexes and Genealogies. New York: Columbia UP, 1993.
  • Kearney, Richard. God Who May Be: A Hermeneutics of Religion. Indiana University Press, 2001.
  • Lyotard, Jean-François. The Postmodern Condition: A Report on Knowledge. Translated by Geoff Bennington and Brian Massumi. Minneapolis: U of Minnesota Press, 1984, reprint 1997.
  • Ricoeur, Paul. “The critique of religion.” The philosophy of Paul Ricoeur: An anthology of his work (1978): 213-222.
  • Ricoeur, Paul. “The language of faith.” The philosophy of Paul Ricoeur: An anthology of his work (1978): 223-38.
  • Taylor, Mark C. Erring: A postmodern a/theology. University of Chicago Press, 1987.
  • Tillich, Paul.  Ultimate Concern. London: SCM, 1965.
  • Tillich, Paul. Systematic Theology: Three Volumes in One. Chicago: University of Chicago Press, 1951.
  • Vanhoozer, Kevin. Biblical Narrative in the Philosophy of Paul Ricoeur: A Study in Hermeneutics and Theology. Cambridge: Cambridge University, 1990.
  • Vanhoozer, Kevin. Is There a Meaning in this Text? the Bible, the Reader, and the Morality of Literary Knowledge. Zondervan, 1998.
  • Vattimo, Gianni. After Christianity. New York: Columbia University Press, 2002.
  • Vattimo, Gianni et al. Belief.  London: Polity Press, 1999.
  • Gellner, Ernest. Postmodernism, Reason and Religion, 1992.

Introduções

  • Anderson, Pamela Sue. A feminist philosophy of religion: the rationality and myths of religious belief. Oxford; Malden, Mass.: Blackwell, 1998.
  • De Vries, Hent. Philosophy and the Turn to Religion. JHU Press, 1999.
  • Hughes, Glenn. Transcendence and History. The Search for Ultimacy from Ancient Societies to Postmodernity. Columbia, MO:  University of Missouri Press, 2003.
  • Penner, Myron. Christianity and the Postmodern Turn: six views. Brazos, 2005.
  • Robinson, John Honest to God. John Knox, 2003.
  • Shanks, Andrew. God and Modernity: New and Better Way to Do Theology. London, UK: Routledge, 1999.
  • Vanhoozer, Kevin. Biblical Narrative in the Philosophy of Paul Ricoeur: A Study in Hermeneutics and Theology. Cambridge: Cambridge University, 1990.
  • Winquist, Charles E. Desiring Theology. University of Chicago Press, 1995.

Antologias

  • Blond, Philips, ed. Post-Secular Philosophy, between Philosophy and Theology. London: Routledge, 1998. 
  • Geisler, Norman L.; House, H. Wayne; Herrera, Max. The Battle for God: Responding to the Challenge of Neotheism. Grand Rapids: Kregel Publications, 2001.
  • Milbank, John. The Postmodern God: a Theological Reader. Blackwell, 1997.
  • Phillips, D. Z. ed. Philosophy of Religion in the 21st Century. Palgrave Macmillan, 2001.
  • Vanhoozer, Kevin J. ed. The Cambridge Companion to Postmodern Theology. Cambridge University Press, 2003.
  • Vanhoozer, Kevin J., James KA Smith, and Bruce Ellis Benson, eds. Hermeneutics at the Crossroads. Indiana University Press, 2006.
  • Ward, Graham, ed. The Blackwell Companion to Postmodern Theology. Oxford: Blackwell, 2005
  • Ward, Graham, ed. The Postmodern God: A Theological Reader. Oxford: Blackwell, 1997.
  • Westphal, Merold, ed. Postmodern Philosophy and Christian Thought. Bloomington, IN: Indiana University Press, 1999.

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8 comentários em “O Deus pós-moderno

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  1. Olá Leonardo!

    Vi sua participação em uma comunidade do Orkut, tomei a liberdade de visitar teu perfil e descobri este blog.

    Apreciei muitíssimo o seu texto!

    Gostaria de te falar sobre um assunto, se possível entre em contato comigo pelo email…

    Abraço!

    Curtir

  2. É uma condição filosófica de expor uma racionalização dentro de um contexto em questão,que seja superior, ou seja,que expresse a tenuidade em concordância com o que é abordado,ou que expresse a Divindade como o fruto do objeto do bem,ou como autor da criação desse objeto.
    Nos tempos de hj com a ciência evoluída nos,e-aos aparatos tecnológicos,acaba-se por desmistificar muita coisa gerada em conceito bíblico ou seja, já existe a reprodução artificial das cousas salientadas como mistério de Deus,já que o mistério foi gerado, criado ou inventado pela inteligência humana inspirada numa dinvidade que criou e deu a condição de ser atribuído a mesma como o princípio e o fim.

    Em todas as cousas que existe a boa vontade,se justifica em Deus,pois Ele é a sinonimização da criação e construção,dentro de um dogma,doutrina ou religião.
    し 在 の ス のし i 用

    Curtido por 1 pessoa

  3. Deus na minha/nossa concepção,é o plural primitivo do eu,e-ou o verbo,no poder de,e-da transitividade da palavra,no plural do singular e em colisão ao somatório do singular no plural [eu].
    (D[e{❤}u]S)
    É o fim no começo e-ou o começo sem o fim.
    O que pode justificar o mesmo,ou se justificar nele, é a algebra sobre evolução das cousas, quando dá-se uma parada para se tirar uma média, e afere-se o bom e o bem na eferência.
    し 在 の ス のし i 用

    Curtido por 1 pessoa

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